CRÍTICA: Crazy Ex-Girlfriend
29 out

CRÍTICA: Crazy Ex-Girlfriend

Séries

Julia Giarola

Série: Crazy Ex-Girlfriend
Título original: Crazy Ex-Girlfriend
Ano de lançamento: 2017
Duração: 
Criador:  Rachel Bloom
Gênero: Comédia Musical
Nacionalidade: EUA

Sinopse: A série conta a história de Rebecca, uma profissional obstinada e de sucesso – e possivelmente um pouco maluca, que é impulsiva e resolve desistir de tudo: sua parceria em uma firma de advocacia de sucesso e seu belo apartamento em Manhattan, em uma tentativa desesperada de encontrar amor, romance e aventura em West Covina.

O problema com grande parte das comédias românticas é o esteriótipo que é implicado em personagens femininas, acentuando características paranoicas como um exemplo generalizado das mulheres em si, principalmente quando se trata de romance. Essas representações errôneas não apenas prejudicam a visão da sociedade em relação ao gênero feminino, como também ao gênero cinematográfico. Entre muitos filmes e séries que se encaixam à essa caracterização, ainda há alguns que conseguem se manter distante desta ideia distorcida. Em meio de tantos, Crazy Ex-Girlfriend é a série que veio mostrar que esse tipo de história pode ser bem contada e ainda ser extremamente divertida.

Como na maioria das comédias românticas, Rebecca Bunch é desestabilizada quando se trata da vida amorosa, porém ao contrário do esteriótipo celebrado por Hollywood, esta também sofre as consequências de suas ações, algo que se provou importante para uma correta representação da realidade. Introduzindo a audiência neste ambiente familiar, Crazy Ex-Girlfriend logo mostra a ironia das situações romantizadas nos filmes tratando essas como paródia. Em meio de números musicais coreografados, seguimos a protagonista em uma jornada madura e sofisticada que não tem medo de tocar em assuntos delicados nem rir de si mesmo.

Liderada por Rachel Bloom, o elenco carismático e talentoso, além de acrescentar qualidade no roteiro sagaz, impressiona cada vez mais nas performances musicais espalhadas pelos episódios. Os relacionamentos que primeiramente parecem seguir a mesmo direção de sempre, surpreendem ao atingir um nível honesto e dinâmico durante a série. Bloom se junta à um grupo excepcional de mentes criativas tais como Amy Schumer (Inside Amy Schumer) e Lena Dunham (Girls), criando a própria oportunidade de brilhar já que Hollywood fecha as portas para mulheres engraçadas que querem se expor pelo que são nas telas de TV. Explorando as realidades do gênero sem tirar nem pôr, Crazy Ex-Girlfriend quebra as barreiras da “censura” estabelecida para as mulheres do negócio.

Esta comédia musical já está em sua 3ª temporada, e só melhora a cada episódio. As músicas parodiadas de hits tais como Uptown Funk e I Kissed A Girl, além de clássicos como Diamonds Are A Girl’s Best Friend, derivam da cultura popular, porém como um toque de originalidade. Essas composições são análises irônicas da realidade do dia-a-dia, onde, interpretadas por grandes talentos, ganha a credibilidade que precisa para se tornar simplesmente hilária. Ao adaptar cada ritmo ao novo tema, Crazy Ex-Girlfriend mostra que é uma série extremamente versátil.

As primeiras duas temporadas de Crazy Ex-Girlfriend já estão disponíveis na Netflix, então não percam tempo se estão procurando por uma série ousada e engraçada que irá te divertir do início ao fim.

Nossa nota é:

Assista ao trailer:

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