CRÍTICA: Good Omens – 1ª Temporada
02 jun

CRÍTICA: Good Omens – 1ª Temporada

Crítica, Notícias, Séries

Amanda Barros

gom-2974-final-v-10-lowres-1550100963824_1280wTítulo: Good Omens; Belas Maldições
Título original: Good Omens
Ano de lançamento: 2019 (Amazon Prime Video)
Criador: Neil Gaiman
Gênero: Comédia; Fantasia; Mistério
Nacionalidade: Estados Unidos

Sinopse: No ano de 2018, a humanidade está à beira de um apocalipse e pronta para enfrentar o julgamento final quando Aziraphale, um anjo um tanto inquieto, e Crowley, um demônio, não tão entusiasmados com o fim do mundo, decidem encontrar o Anticristo.

 

Good Omens conta a história do anjo Aziraphale (Michael Sheen) e do demônio Crowley (David Tennant), os dois construíram uma espécie de amizade durante os 6000 anos que viveram juntos e agora se veem diante de um possível Armagedom, mas ao que parece nenhum dos dois quer que isso aconteça, por isso decidem procurar juntos pelo Anticristo.

Durante essa trajetória o enredo também apresenta dois garotos, brevemente Warlock Dowling que o céu e o inferno imaginam ser o filho de Satã e o verdadeiro Anticristo, o jovem Adam Young (Sam Taylor Buck), um garoto comum, mas com grande espírito de liderança e que sem saber fará todo o processo do Armagedom ser iniciado.

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Um dos maiores pontos positivos da série é a presença de Neil Gaiman como criador, produtor e roteirista, isso se deve ao fato do escritor ser o autor do livro que deu origem à série, o que com certeza confere originalidade e é possível ver o toque de Gaiman até nos menores detalhes, pode-se dizer que é um presente dele para os fãs do seu trabalho.

A escolha de elenco também foi muito acertada, nomes como David Tennant, Michael Sheen Frances McDormand trouxeram prestígio e qualidade para a série. A relação que Aziraphale Crowley  constroem ajuda a aumentar o carisma dos personagens e é impossível não torcer para que os dois possam estar sempre juntos, definitivamente o anjo e o demônio são os responsáveis pelas melhores cenas da série.

Entretanto um dos nomes mais esperados foi uma decepção, a participação de Benedict Cumberbatch como a voz de Satanás foi ínfima e pareceu mais uma fanservice malfeita para os fãs do ator do que uma participação de fato. Já Frances McDormand como a voz de Deus foi muito bem colocada e a escolha de uma mulher para o papel também foi muito inteligente.

Vale destacar também a participação de Jon Hamm como o Arcanjo Gabriel, apesar de sua participação não ter essa importância no livro o autor fez questão do ator estar na série e de dar uma nova cara para o personagem fazendo dele líder das forças do céu, função que na história original era de Metatron.

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A primeira temporada tem 6 episódios, a série foi pensada como uma série limitada, ou seja, seu arco se encerra já ao final da primeira temporada, mas as cenas finais com certeza desperta no espectador uma vontade de continuar a acompanhar a história do anjo e do demônio que parece não ter um fim muito próximo.

A trilha sonora é incrível e utilizada nos momentos certos, com direito a muitas músicas do Queen, nesse quesito a série não decepciona. A história caminha de maneira um pouco devagar e no último episódio parece que tudo passa rápido demais, talvez se houvessem mais episódios a história poderia ter sido contada de maneira gradual sem precisar correr para encerrar os acontecimentos abruptamente no último episódio.

Adam Young, o garoto que é o Anticristo infelizmente não convence muito no papel e o personagem não apresenta o carisma necessário para atrair o público, por isso se torna o ponto mais fraco da série e faz o espectador focar mais em diversos outros personagens do que no ato que seria o clímax da história.

Good Omens é a típica série com o toque que só Neil Gaiman podia dar, uma história fantástica digna de continuação que mostra que ninguém é totalmente bom ou totalmente mau, seja anjo ou demônio.

Nossa nota é:

4

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