CRÍTICA – Upgrade

Julia Giarola

Filme: Upgrade
Título original: Upgrade
Data de lançamento: Sem previsão
Duração: 1h 35min
Direção: Leigh Whannell
Gênero: Ficção científica, Suspense, Ação
Nacionalidade: Austrália

Sinopse: No futuro próximo, a tecnologia controla quase todos os aspectos da vida. Mas quando Gray, um tecnofóbico, tem seu mundo virado de cabeça para baixo, sua única esperança de vingança é um implante experimental de chips de computador chamado Stem.

Escondido nas sombras de grandes blockbusters como Vingadores: Guerra Infinita, Deadpool 2 e Han Solo: Uma História Star Wars, muitos excelentes filmes passam despercebidos pelo público casual. Ao tentar decidir o que assistir, a maioria das pessoas que vão ao cinema, usualmente, uma vez por mês, são quase obrigadas a escolherem os lançamentos manipulados como “imperdíveis”, já que são esses que dominam a mídia graças à visibilidade e incansável divulgação por parte dos estúdios. Mas, entre milhões de dólares e recordes de bilheterias, ainda existe um submundo onde artistas estão sempre à procura de novas maneira de contar uma história e, aí se encaixa Upgrade: uma história simples contada da melhor maneira possível.

Inserido em um clima tecnofóbico, este novo filme de Leigh Whannell pode muito bem se tornar um clássico assim que conseguir alcançar a audiência que merece. Assim como Dredd (2012), Upgrade se apoia na construção de um novo mundo de maneira extraordinária, se diferenciando de todos os filmes futurísticos que constantemente estão sendo lançados nos últimos anos. Uma história simples, porém eficaz é tudo que Whannell precisava para criar algo novo, algo que com certeza chama atenção.

Explorando aspetos dos filmes de gênero, a ultra violência é apenas um dos pontos altos deste filme que surpreendeu a todos esse ano. Com ambiente, fotografia e ação estilizadas, Leigh Whannel conseguiu transformar uma história previsível em algo hipnótico, algo diferente de tudo que já vimos. Upgrade apresenta algumas das melhores cenas de luta dos últimos anos, existindo não somente para o entretenimento, mas também à serviço da história, mostrando que o diretor não desperdiça um segundo na tela, contando sua história visualmente.

Apostando na fantástica fisicalidade do ator Logan Marshall-Green, o filme é o exemplo perfeito que não se precisa de muitos efeitos especiais para convencer a audiência de algo que não existe, já que efeitos prático, além de mais baratos, são mais do que suficientes, ainda adicionando um charme que o enredo se beneficia. Acompanhando um protagonista carismático, a história simples segue sim uma trajetória bem previsível, mas isso não impede ninguém de aproveitar Upgrade. O longa é uma explosão de novas técnicas visuais que realmente fazem toda a diferença na hora de contar uma história que já conhecemos.

Entendendo estes aspectos, Upgrade também apresenta uma incrível fotografia saturada que traduz muito bem o clima que o filme tenta estabelecer. A construção de mundo bem feita ajuda imensamente à inserir todos no estado no qual o filme quer nos transportar, então, disponibilizando uma jornada hipnótica com muita ação, estilo e originalidade visual. Sem dúvida alguma, Upgrade é um dos melhores lançamentos deste ano, até agora! Não deixe de conferir.

Nossa nota é: