CRÍTICA: Young Sheldon – 1º episódio
27 set

CRÍTICA: Young Sheldon – 1º episódio

Séries

Julia Giarola

Série: Young Sheldon
Título original: Young Sheldon
Ano de lançamento: 2017
Duração: 
Criador:  Steven Molaro, Chuck Lorre
Gênero: Comédia
Nacionalidade: EUA

Sinopse: Para o Sheldon Cooper de 9 anos de idade (Iain Armitage), não é fácil creser no Texas. Sendo uma mente singular capaz de processar matemática avançada e ciência não é sempre conveniente em uma terra onde a igreja e o futebol são reis. E enquanto vulnerável, dotado e até mesmo ingênuo Sheldon lida com o mundo, sua família normal deve enconrar uma maneira de lidar com ele. O ator de The Big Bang Theory, Jim Parsons, narra como a versão adulta de Sheldon. Essa comédia com episódios de meia hora nós da a chance de conhecer Sheldon em sua infância, enquanto ele embarca em sua inocente, constrangedora e esperançosa jornada para o que o homem que se tornará.

Podemos ver que esses últimos dois anos foram excelentes para a revelação de atores mirins que vêm fazendo um ótimo trabalho tanto na TV quanto no cinema. Séries como Stranger Things (confira nossa crítica aqui) e filmes como It – A Coisa (confira nossa crítica aqui) apresentam um elenco predominantemente jovem e não foi por isso que abaixaram seus padrões de qualidade. Ambos a série e o filme fizeram enorme sucesso com o público e a crítica, provando que crianças também conseguem carregar histórias tão bem como adultos. Porém ainda é uma decisão muito é ousada dos produtores desenvolverem uma série de comédia onde a trama se concentra inteiramente em uma criança, pois o gênero requer muita prática e experiência, requer muito talento cômico.

Primeiramente tenho que mencionar que não se dar para julgar a qualidade da série ainda, já que foi liberado apenas este primeiro episódio, porém, por enquanto podemos analisar o clima estabelecido pela sitcom e as possíveis direções que poderá tomar. Young Sheldon escolheu um bom ponto de início para introduzir sua história, abrindo com uma rendição de Walk of Life de Dire Straits e a narração de Jim Parsons (Sheldon Cooper) nos apresentando à sua infância. Sem muitas expectativas pré-existentes, a série logo mostra o que conseguirá e o que não conseguirá fazer.

Apoiando-se muito em seu elenco coadjuvante, a série se encontra mais engraçada quando foca nas reações dos atores às ações de Sheldon e não no próprio personagem como em The Big Bang Theory. Zoe Perry, que interpreta Mary Cooper, rouba todas as cenas em que está presente com sua personagem carinhosa e amável. São os relacionamentos e dificuldades da convivência com o pequeno Shedon que brilham na série que, ironicamente possui um grande ponto fraco: Sheldon. Iain Armitage, apesar de ser um ator mirim carismático, não consegue carregar a comédia da história, prejudicando assim toda a produção.

spin-off de The Big Bang Theory também forçou muito para colocar o máximo de referências passadas possíveis de The Big Bang Theory, prejudicando muito a amplitude de seu público-alvo, não chamando muita atenção de ninguém além dos fãs da popular série na qual é derivada, o que é uma pena, já que alguns aspectos deste piloto mostraram possível potencial.

Se a série decidir continuar ou até mesmo aumentar o foco na jornada emocional de Mary Cooper, talvez encontre uma base concreta para se sustentar bem, já que este foi o aspecto mais interessante deste piloto. Agora vamos esperar para ver se Young Sheldon irá viver para fazer jus ao sucesso de The Big Bang Theory, ou será mais uma sitcom de vida curta.

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