CRÍTICA: Orange Is The New Black – 6ª Temporada
04 ago

CRÍTICA: Orange Is The New Black – 6ª Temporada

Séries

Julia Giarola

Série: Orange Is The New Black
Título original: Orange Is The New Black
Ano de lançamento: 2018
Duração: 13 episódios
Criador: Jenji Kohan
Gênero: Comédia, Drama
Nacionalidade: EUA

Sinopse: A realidade agora é outra. Na nova temporada, as detentas de Litchfield vão ter que encarar duros desafios em seu novo lar: a prisão de segurança máxima.

Ao decorrer das temporadas, muitas séries sofrem ao cair no monotonismo, ocasionalmente perdendo a essência e até o interesse do público. Muitos programas lutam para continuarem no ar, continuarem a agradar a audiência leal que os seguiu por tanto tempo e por isso se submetem ao experimentalismo, que pode resultar em algo novo e diferente de tudo que já vimos; ou completo desastre. Felizmente, após seis temporadas aclamadas pelas críticas e pelo público, Orange Is The New Black continua encontrando novas maneiras de ser relevante e divertida ao mesmo tempo, apesar de perder um pouco do ritmo agitado, também experimenta com novas dinâmicas e testa sua proximidade com um possível final.

A temporada inicia em um novo ambiente, mas os roteiristas fazem uma escolha interessante de terem as personagens que conhecemos e amamos quase à vontade na nova prisão. Em vez de tentar implantar uma exposição forçada através de diálogos, a série encontra uma solução criativa, auxiliando à sexta temporada em estabelecer seu próprio ritmo, com novos personagens e as consequências dos episódios anteriores. Com um novo ar, agora, Orange Is The New Black alterna entre o drama e confusão do motim, e a dinâmica e surrealidade das detentas já bem estabelecidas.

Encontrando novas maneiras de manter os episódios interessantes, a série original da Netflix continua explorando o que a faz tão poderosa e isso é o constante agrupamento de duos improváveis que mostram ao público como nos conectamos e nos comportamos em relação a pessoas que são diferentes de nós. As diversas dinâmicas entre as novas “parcerias”, mantém Orange Is The New Black com a qualidade das outras temporadas – pelo menos quando se trata dos diálogos e desenvolvimento de personagens. 

Tomando decisões ousadas quanto o desenvolvimento geral da trama, a série começa a dar sinais de encerramento, entregando migalhas do que tem potencial de ser uma conclusão interessante e fundamental para o arco geral da trama principal. Mesmo com o afastamento de Piper como protagonista, agora, esta nova temporada de Orange Is The New Black, retorna um pouco do poder à personagem, para um possível “círculo completo da sua história”.

Apesar de ainda entregar momentos fortes e divertidos, esta sexta temporada perde um pouco da qualidade quando se trata de algumas atuações coadjuvantes vinda de novos personagens – mesmo que algumas das novatas tenham conseguido roubar a cena. Mesmo que não seja um problema para todos em geral, algumas interpretações entram em contraste com a qualidade vinda dos veteranos. Outro problema desta nova temporada também foi a falta de vários personagens queridos que realmente deixaram saudades. Com alguns fazendo breves aparições, as detentas que ficaram de fora dessa sexta temporada deixaram um certo vazio na série.

Problemas a parte, Orange Is The New Black continua sendo uma das melhores séries disponíveis na Netflix, explorando temas controversos de maneira sutil, porém relevante. Com um tema geral de adaptação e lealdade, a série reforçar o que tem de melhor e isso é os personagens e as diferentes dinâmicas. Os treze episódios da sexta temporada já estão disponíveis para maratona no catálogo da Netflix e com certeza vale a pena conferir!

Nossa nota é:

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