CRÍTICA: Good Girls — 1° Temporada
05 jul

CRÍTICA: Good Girls — 1° Temporada

Séries

Victor Tadeu

Série: Good Girls
Título original: Good Girls
Ano de lançamento: 2018
Duração: 10 episódios
Criadora: Jenna Bans
Gênero: Comédia/Drama
Nacionalidade: EUA

Sinopse:Três mulheres dedicadas aos filhos e aos esposos veem suas vidas mudarem ao se encontrarem em situações desesperadoras. Agora, pela primeira vez na vida, elas têm a oportunidade de jogar tudo para o ar, e é isto o que elas irão fazer.

Beth BolandAnnie Marks e Ruby Hill são amigas intimas que costumam compartilhar momentos agradáveis e desagradáveis de suas vidas. Apesar de viverem como uma pessoa da classe média estadunidense, cada uma delas carrega consigo problemas pessoais, na qual, abalam totalmente seus sentimentos. Casamento sendo destruído, filha com problema pulmonar e disputa de guarda entre pais, são alguns dos problemas que elas estão sendo obrigadas a lidar.

Ficando à beira do abismo devido aos problemas aparentemente fáceis de serem resolvidos, elas conseguem esquematizar uma forma de assaltar um supermercado com a ideia de furtar somente 30.000  dólares, na qual, o trio de amigas iria dividir entre si. Porém, um imprevisto acontece e tudo sai dos trilhos, fazendo com que elas peguem meio milhão de dólares do cofre desse mesmo supermercado. Após o grande surto do assalto, elas conseguem esfriar o sangue e percebem que acabaram de fazer o maior erro de suas vidas.

Transmitida originalmente pela emissora NBC chegou nessa terça-feira (03/07/2018) no catálogo da Netflix a nova série criada por Jenna Bans, estamos falando de Good Girls. Distribuída pelo serviço de streaming, a história dessa série conta com a boa atuação de RettaMae Whitman e Christina Hendericks, em uma comédia mesclada com drama. Continue lendo a crítica e saiba um pouco mais.

Empoderamento é um assunto que anda sendo muito bem retratado em histórias contemporâneas, sempre visando uma vida socialmente melhor para os expectadores, muitos criadores e produtores estão abordando o assunto em diversas formas de entretenimento. Inicialmente esse é um fator muito bem retratado em Good Girls, as protagonistas são mulheres e consequente fortes, porém o roteiro acaba sendo falho em alguns momentos que contradizem a personalidade das personagens.

Apesar de esses deslizes serem bem notáveis para àqueles que têm uma visão social mais ampla, é muito fácil do expectador relevar as cenas na qual retrata o machismo fortemente presente na história. Assédio e tentativa de abuso sexual são outros assuntos levemente abordados, isso reforça muito os pensamentos extremamente machistas na trama, só que, o caminho que tudo isso percorre, acaba romantizando suavemente a situação, o que torna outra falha da série e provavelmente incomodará muita gente.

Jenna Bans pode ter falhado em alguns quesitos na definição da série, mas, por outro lado, conseguiu acertar de mão cheia ao retratar o espaço que as mulheres conseguiram alcançar em Good Girls. Durante os episódios você vai poder acompanhar a vida de três mulheres fortes, guerreiras e determinadas, mesmo optando recorrer ao lado criminoso para ajustar seus problemas, elas conseguem ter voz diante de várias situações onde o gênero feminino é submerso ao masculino.

As protagonistas das séries foram muito bem desenvolvidas, cada uma delas carrega uma história totalmente diferente, na qual o expectador vai poder acompanhar seus momentos de vitória e derrotas, recaídas e empoderamento. Isso tudo reforça muito para personagens reais, na qual, estão sempre acertando e errando, sem contar que o fato delas serem criminosas reflete muito no caminho que muitas pessoas da classe média percorrem, sem falar que quebra todo a imagem de família perfeita transmitida por muitos.

As mulheres são muito bem incluídas dentro da série, mas, não só ela, como outras pessoas marginalizadas e esquecidas dentro de uma sociedade opressora. Negros, deficientes e aparentemente os LGBTQ+ são muito bem representados dentro da história, em nenhum momento eles são romantizado, o que reflete na realidade de muitos que se enquadra nesses “rótulos”. Bullying também é um assunto abordado, e felizmente tudo isso colabora para uma trama bem inclusiva.

Na primeira temporada de Good Gils iremos ter 10 episódios com média de 40 minutos cada, durante eles iremos conhecer personagens novos, que consequentemente, expande toda a história. Infelizmente em alguns momentos as cenas costumam ser um pouco maçante, pelo infeliz fato de ser um pouco repetitiva toda a ideia central dos episódios. Às vezes somos capazes de acreditar que o roteiro foi receitado, pois muitos episódios acabam de formas semelhantes, porém, não deixa de ser empolgante e instigante.

A produção da série trabalhou de forma eficiente ao construir todo cenário e reparos de qualificação da história. A fotografia está incrível e não têm muitos incômodos, a trilha sonora contém instrumentos totalmente novos e fluentes na trama e os atores conseguiram se desenvolver incrivelmente bem em cenas de comédia, drama, investigação e entre outras encontradas em Good Girls.

Já foi confirmado pela emissora original de transmissão de Good Girls que vai ter a segunda temporada da série. O retorno em audiência foi incrivelmente positivo, entretanto, mesmo havendo algumas falhas na produção, toda a história e trabalho realizado em Good Girls não deixam de ser bom. Por isso, fica a recomendação de uma série leve e contagiante disponível no catálogo Netflix.

Nossa nota é:

Assista ao Trailer:

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