RESENHA: Bom Dia, Verônica
Título: Bom Dia, Verônica
Autora: Andrea Killmore
Editora: DarkSide Books
Gênero: Thriller/Mistério/Suspense
Número de páginas: 256
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Sinopse: Em “Bom dia, Verônica”, acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres, que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e sua determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado.
Andrea Killmore compõe thrillers como os grandes mestres, e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais, vibrante e cruel — como a realidade.
Verônica Torres tem 38 anos, um marido e dois filhos. Ela trabalha como escrivã do delegado Wilson Carvana em São Paulo. Tudo parecia normal para a Verônica, até que um dia ela observa uma mulher saindo aos prantos e machucada da sala de Wilson Carvana e decide conversar com a pobre moça, mas em questão de minutos a ferida e desesperada mulher se joga do décimo primeiro andar do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa). Aquilo abalou muito a nossa protagonista, ela tentou questionar o seu patrão, mas ele sempre mandava ela engavetar o caso e com um pequeno descuido ela descobre o que realmente aconteceu e decide tomar posse do caso.
“Mulher é que nem índio, se pinta para a guerra que enfrenta todo dia. (página 32)”
Na mesma semana Verônica recebe uma ligação anônima de uma mulher totalmente fora de si. Aquilo incomodou a escrivã, pois tudo que ela ouviu foi realmente chocante e preocupante. Ainda com o desejo de buscar justiça, ela resolve assumir os dois casos sem o delegado saber, mas mal ela sabia no que estava se metendo.
Bom dia, Verônica foi um dos primeiros livros da DarkSide Books que eu não conseguia parar de ler. O livro é tão bom que levei advertência no curso de Inglês por está lendo durante a aula, até o momento eu não estou sabendo lidar com a história que a Andrea Killmore conseguiu nos apresentar. Bem no início do livro eu fiquei chocado pelo desenvolvimento dos primeiros capítulos, desde a última frase que a Marta Campos disse antes de morrer (mulher que se jogou do DHPP) até o motivo do suicídio, o caminho que a autora tomou foi maravilhosamente bem trabalhado, digo isso porque em nenhum momento eu tinha desconfiado, até chegar nas últimas frases do capítulo que ela nos conta o motivo de suicídio.
A personagem Verônica Torres é bem construída, eu já amei ela desde o início quando ela começa a contar sobre seus dias como escrivã. Ela não é uma personagem “totalmente heroína”, ela vai atrás dos casos, muitas das vezes consegue aquilo que queria, mas também falha em alguns momentos. Isso me agradou bastante, porque a história fica longe de uma “ficção” — creio que seja baseada em fatos reais, já já explico — e tudo é colaborado para que seja bem real.
Os casos que Verônica assumiu são realmente per tubadores, o primeiro caso é de um necrófilo que vive em sites de relacionamentos atrás de mulheres com determinado perfil, o outro caso é o de Janete. Janete vivia em uma cidade pequena, mas com o passar dos anos casou com um PM e mudou para São Paulo. A ligação anônima foi dela, ela dizia que o marido matava mulheres, mas não deu muitos detalhes e desligou a chamada. Os dois casos são complicados, mas Verônica tem o faro investigativo muito bom.
“O ser humano é podre e egoísta, prefere o problema que já conhece a enfrentar o desconhecido com honra. (página 191)”
A história criada pela Andrea Killmore é bastante detalhada e nem um pouco superficial. Eu fui conquistado pela autora desde a sua biografia até o desfecho do livro. A autora é um pseudônimo e nem a editora sabe a sua verdadeira identidade, tudo foi tratado por um advogado, mas as poucas informações que temos dela é bem arrasadora, pois eu consegui entender que ela já presenciou algumas situações do livro. O bom disso é que ela aprofundou em tudo que foi apresentado, os personagens têm aprofundamento, nenhum é descrito superficialmente, os assuntos que ela trata no livro — os casos que verônica assume — foram bem estudados, além disso, são assuntos que acontecem diariamente que não damos a importância que deveríamos. Enfim, Andrea Killmore é uma autora que merece muito reconhecimento, e além disso, sabe escrever sem deixar pontas soltas.
Antes eu nunca tinha lido nenhum livro desse gênero, mas depois que fiz a leitura do livro ele tornou o meu gênero literário favorito. Acho que a DarkSide fez muito bem para nós — fãs da editora — ao publicar esse livro e novamente dá uma oportunidade para uma autora nacional. A edição do livro está impecável, as ilustrações de algumas páginas colaboram muito com a leitura do livro, a diagramação está ótima, não encontrei nenhum erro na escrita. Uma coisa que posso te dizer para aumentar a sua vontade de fazer a leitura do livro é: a caixa furada na capa do livro envolve o caso de Janete.
O desfecho da história é um dos melhores que já li na minha vida, pois é muito imprevisível, eu nunca imaginei que a história acabaria tão impactante como acabou. Bom Dia, Verônica é um livro que consegue surpreender o leitor de diversas maneiras e isso deixa a leitura muito viciante, não digo só do meu caso, pois tenho amigos devoraram o livro em questão de um dia e meio. Ou seja, é um livro muito bom.
Fiz a leitura do livro em Janeiro, Bom dia, Verônica foi o segundo livro que fiz a leitura no ano e posso classificá-lo como o melhor de 2017 até o momento. Não tenho nada que reclamar dele — na verdade eu só fiquei incomodado com algumas atitudes meio “sem noção” da Verônica — e muito pelo contrário, eu recomendo a obra para aqueles que curtem uma boa investigação com muito toque de realidade, além disso, recomendo para aqueles que têm um certo preconceito literário com os nacionais. Talvez Bom Dia, Verônica seja o livro ideal para você acabar com preconceitos, conhecer uma história que tem críticas bastantes preocupantes, e além disso, se aventurar na sofrida e agitada vida de Verônica Torres, um exemplo que as mulheres não são incapazes como muitos pensam.
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