RESENHA: O VELHO MUNDO
30 jan

RESENHA: O VELHO MUNDO

Resenhas

Victor Tadeu

Título: O Velho Mundo: Abrem-se os Portões de Erebo 

Autora: Kátia Regina Souza

Editora: Giostri Editora

Gênero: Fantasia, infantojuvenil/romance

Número de páginas: 251

Skoob l Goodreads

Sinopse: Tudo o que já foi criado corre o risco de ser destruído – essa é a primeira e mais dura lição que os pequenos primos Cantrell aprenderam sobre a vida. Roubadas de suas infâncias confortáveis, as crianças assumem a responsabilidade de defender os treze mundos quando a própria essência do mal escapa das Terras de Erebo: Cruciare, a fonte macabra de nossos piores pesadelos.

Ao mesmo tempo, uma profecia ameaça as terras e apenas um elixir pode impedir que o efeito desta seja catastrófico. Em uma jornada de luta, novas amizades e autoconhecimento, Daniel, Olívio, Tiago, André, Clara, Débora, Gabriela, Ágata e Eduardo Cantrell enfrentarão adversidades e, em meio a dores e perdas, descobrirão o verdadeiro significado da palavra família.

família Cantrell é uma tradicional família feliz. Os avós Leda e Casimiro, eram os membros que lideravam aquela enorme e reunida parentada. Ambos eram o “núcleo” de toda educação dada para seus filhos e netos. Leda sempre foi respeitada por seu esposo e sempre estava de bem com a vida; não muito pelo contrário, Casimiro nunca foi de decepcionar a esposa, e, mesmo não ter pisado em uma instituição de ensino por falta de oportunidade, Casimiro nunca deixou que a inteligente dos “sábios” refletir em sua sapiência. O casal de velhinhos haviam divididos seus afazeres para manter o bom convívio que sempre tiveram. Assim nenhum deles faziam o que não gostava e não ficavam sob carregados.

Com o início das férias chegando, as mais barulhentas crianças de Jardim das Figueirasestavam se preparando para aterrorizar os vizinhos. Dona Leda e Seu Casimiro tinham nove netos, todos com carateristas diferentes. Todos eles estavam ansiando para iniciarem os planos para as férias de final de ano. Mas o que eles não sabiam, era que um acontecimento atordoaria a cabeça de todos.

O sol da primeira manhã de Dezembro raiava, Leda e Casimiro estavam prontos para receberem os netos que moravam no mesmo bairro. Enquanto eles preparavam um almoço para toda a família, as crianças se reuniam na praça que passam mais do que a metade dos seus dias. Estava tudo perfeito, até que eles resolvem acordar Ágata, a mais dorminhoca do “bando”. Assim que Ágata acordou resolveu relatar que sonhou com pedido de ajuda, em seu sonho estava tudo muito precário e ela contava que parecia ser tudo real. De primeira todos começam contradizerÁgata, pois a menina vivia tendo pesadelos, mas aos poucos, alguns revelaram que tiveram um sonho horrível que parecia bastante com o de Ágata.

Incomodados com os sonhos, a turminha resolve reunir e começar a “desabafar” um para o outro, contando tudo que havia sonhado. Eles concluíram e presumiram que havia um outro mundo pedindo socorro a eles. Com bastante discussões, suspenses e até mesmo acontecimentos “sobrenaturais”. Vocês vão conhecer o motivo daqueles sonhos e em seguida, conhecerá o Velho Mundo, um mundo onde todos “aparentam” ser atenciosos e receptíveis.

 

 

 

O Velho Mundo: Abrem-se os Portões de Erebo de Kátia Regina Souza, é mais uma das publicações da Giostri Editora. O livro narra a aventura de nove crianças com um mundo em suas mãos.

Primeiramente quero fazer um “relato” sobre a minha insistência para ler essa obra. Bom, eu recebi o livro em Abril e só nessa semana que consegui ler. Em Fevereiro a minha ressaca literária resolveu aparecer, mas, mesmo assim, eu tentei fazer a leitura do livro, não foi uma ou duas vezes, foi em cerca de oito tentativas, todos foram frustradas. Eu não sei por qual motivo, mas estava achando o livro muito complicado e muito detalhado para um início. Só depois de quatro meses eu finalmente consegui ler a história que Kátia escreveu. Quero aproveitar o momento e pedir perdão à autora.

Lendo a página de informações do livro, li que ele é um romance, mas no Skoob já está me dizendo ser outro gênero. Por esse motivo eu estou um pouco confuso se a minha crítica está certa ou errada. Pois a todo momento eu não conseguia me situar que estava lendo um romance, mas se formos levar o conceito de romance ao pé da letra, eu posso considerar ser um romance.

Aproveitando o meu ponto de vista sobre o gênero do livro, vou comentar sobre algumas coisas que me incomodaram e fizeram com que eu pensasse diferente em relação ao gênero. Já no início do livro lemos sobre os pequenos e sobre a cidade, eles começam a relatar seus sonhos e de uma hora para outro ficam dizendo que o portal para o mundo que o sonho mostrava, era um determinado lugar (não vou dizer o local para não estragar a leitura de vocês). Tipo, do nada, eles nem tentaram juntar os fatos, somente escolheram um lugar que gostavam de passar seus dias e determinaram que lá seria o portal. O chato que eles levaram isso como certeza até atravessarem para Akilis. O modo que os personagens reagem diante das circunstâncias são bem infantis, tinham outros fatores, mas não me lembro e também não quero passar uma impressão horrível da obra. Portanto foi relacionado a isso que comecei pensar sobre o gênero, e tenho quase a certeza que a leitura da obra seria mais agradável para crianças e pessoas que gostam de infantojuvenil.

A escrita de Kátia Regina Souza não é arrastada, muito pelo contrário, depois que a minha ressaca literária passou eu li o livro muito rápido. Apesar de escrever um pouco diferente dos autores que já li, Kátia consegue deixar a história “legal” e nem um pouco cansativa. A única coisa que me incomodou foram alguns erros que encontrei, erros de gramática, mas não só eles, também achei pequenos erros de organização da história e creio que não incomodariam a leitura de ninguém. Talvez os erros foram na hora da revisão, não sei.

Nunca li nada da autora e fiquei bastante envolvido com a premissa criada por ela. A ideia de colocar crianças em uma missão de responsabilidade, que envolva sonhos e fantasia, foi maravilhosa. Eu nunca li nada parecido, nem sequer pensei que a história teria essa trama envolvente. Eu acho que ela me conquistaria de uma forma melhor se não detalhasse tudo no início do livro, porque esses detalhes me incomodaram de uma forma indesejável. Ela descreveu quase todos os personagens e sim, Kátia descreveu como era todos os primos da família Cantrell. Parecia que a autora estava se obrigando a descrever tudo, pois foram muitas informações de uma vez só, isso pode incomodar muitos leitores. Ela poderia falar sobre cada um, mas de uma forma mais suave, contando um pouco sobre eles no início de descrevendo-os conforme escrevia outros parágrafos. Tenho que confessar que pulei alguns parágrafos de descrição e preferi imaginar do meu jeito e ir assemelhando conforme lia.

Uma personagem acabou me tirando do sério, Débora é seu nome kkkkk. A garota parece ser filha do Arnaldo Saccomani, ela é famosa pessoa “do contra”, ela é contra a opinião de todos, quase nunca concorda com os de mais e está sempre brigando. Mas essa personagem foi criada para estressar o leitor, até a autora narra isso no livro.

Achei a capa da obra muito fofa, minha primeira impressão com ela foi totalmente diferente do que a história tem para nós. Apesar de a ilustração ser perfeitamente um ponto marcante da obra, eu achei ela muito simples, mas, ao mesmo tempo, chamativa. As cores se destacam e faz aqueles com o coração mole se derreterem com tanta fofura (realmente achei muito fofa).

Giostri Editora está me surpreendendo cada vez mais com suas publicações. Esse foi um dos livros que li dela e percebo nitidamente a sua evolução, em questão de capa, folhas e diagramação. Espero que ela continue assim, pois o tamanho da fonte e o espaçamento está ótimo para tornar a leitura “agradável” aos olhos.

Como todos ou quase todos sabem, eu não tenho o hábito de ler fantasia e nunca tive muito interesse pelo gênero. O Velho Mundo: Abrem-se os Portões de Erebo é um livro que não posso dizer se odiei ou amei, simplesmente digo que li, foi uma leitura neutra, sem muitos sentimentos da minha parte. Portanto finalizo essa resenha recomendo o livro para todos aqueles que gostam de infantojuvenil e principalmente para crianças, mesmo que as minhas opiniões não foram totalmente positivas, eu tenho quase a certeza que você não vai se arrepender de conhecer O Velho Mundo.

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