Postado por: Victor Tadeu

Título: Euphoria
Título original: Euphoria
Ano de lançamento: 2019 (HBO)
Duração: 8 episódios
Criadores: Sam Levinson
Gênero: Drama
Nacionalidade: EUA

Sinopse: Euphoria acompanha a vida de Rue (Zendaya), uma adolescente de 17 anos dependente química que acaba de sair da reabilitação. A medida que ela tenta voltar à rotina, percebe que seus colegas de escola também enfrentam os próprios desafios, envolvendo sexo, drogas, traumas e mídias sociais.

Os enredos girados em torno de dramas adolescentes estão cada vez mais chamando a atenção de diversas pessoas, principalmente devido os assuntos — muito próximos da realidade — discutidos ao longo das cenas. De exemplo temos alguns sucessos da Netflix, como 13 Reasons Why, Elite, Sex Education e entre outros títulos que se destacam no catálogo do serviço de streaming, porém a HBO lançou em Euphoria, uma série que consegue suprir, com maestria, as expectativas de muitos expectadores.

Rue Bennet (Zendaya) é uma adolescente com 17 anos e viciada em drogas, após um episódio extremamente marcante na sua vida ela teve que ir para uma clínica de reabilitação. Após retornar do instituto, ela descobre através dos seus colegas de colégio que não é a única com problemas, problemas esses envolvendo sexo, drogas, traumas, redes sociais, difamação e entre vários outros.

Euphoria é uma série com apenas 8 episódios dirigida por Sam Levinson, como mencionada exibida oficialmente através da HBO. Com um elenco de peso e uma proposta terrivelmente instigante, é óbvio que o título alcançaria o seu sucesso em pouco tempo, um fato muito presente em diversas produções da emissora.

A presença de Zendaya no elenco assustou até mesmo a produção, já que muitos acreditavam que ela não aceitaria o papel devido o seu histórico artístico. Muitos iniciaram a série com sede de conhecer a atriz vivendo uma personalidade muito distinta de outras produções, e apesar de alcançar o ápice da atuação com Rue, ela não foi a única superar as expectativas dos expectadores.

A ativista transgênero, Hunter Schefer, também se destaca no seu primeiro trabalho como atriz. Ela vive Jules, uma menina recém-chegada na cidade e aos poucos acaba conhecendo os estudantes da mesma escola, vivendo grandes descobertas e romances ao longo dos episódios, uma personagem comprometedora. E não tirando o destaque dos outros atores, é necessário afirmar que todos — mesmo alguns com poucas experiências — souberam trabalhar de forma incrível, um aspecto muito raro nas atuais produções, onde somente alguns profissionais carregam todo o título.

Diferentemente de muitos outros enredos que procuram explorar as complexidades e tabus da adolescência, Euphoria consegue incluir assuntos que podem ativar gatilhos em determinadas pessoas, mas é responsável o suficiente de não romantizar todo o problema. Cada personagem sofrendo os seus estorvos consegue tocar sentimentalmente e empaticamente quem está assistindo, uma mescla admirável entre a atuação dos atores com o roteiro exemplarmente bem construído.

A classificação indicativa da série deve ser levada muito à sério, principalmente devido ao excesso de nudez e uso de entorpecentes. Além disso, o enredo aborda muitos assuntos tabus e que dependendo da pessoa é necessária muita maturidade para compreensão, então podem esperar cenas com sexo explicito — mostrando genitálias masculinas e femininas —, relacionamentos abusivos, traição, aborto, envolvimento com mundo do crime e muitos outros temas poucos discutidos abertamente,

Sam Levinson realizou um trabalho incrível com a direção de Euphoria, ele foi responsável o suficiente para abordar os mínimos detalhes da realidade de alguns personagens, principalmente da protagonista e sua dependência química. A forma como o diretor relatou a dor presente na família da personagem é de atingir o coração de todos, o cansaço mental da mãe de Rue e a decepção de Gia, sua irmã, é nítido. É valido ressaltar que esse é um aspecto não somente da protagonista, mas também dos problemas de outros adolescentes e como isso atinge diretamente — ou indiretamente — as pessoas ao seu redor




É possível afirmar que a série é um combo de grandes acertos, pois até mesmo a produção conseguiu chamar a atenção de todos, iniciando pela trilha sonora impecável contando com algumas músicas compostas por Labirinth, incluindo a voz de Zendaya. Por outro lado, todo o trabalho de investimento em jogadas de câmeras e fotografia traz um diferencial imenso para Euphoria, existem cenas que dão prazer em assistir, o investimento foi muito grande. E concluindo esses dotes de produção, a maquiagem parece ser uma marca muito importante dentro da série, onde é fortemente presente em Jules, Rue e em alguns outros personagens.

Concluindo, Euphoria é uma série que apresenta diversas problemáticas, mas que não procura resolvê-las, ou mostrar uma solução para que passa pelo mesmo, muito pelo contrário, nela conhecemos problemas reais e a complexidade de cada personagem ao lidar com seus empecilhos, consequentemente sendo uma história dedicadamente para pessoas com maturidade o suficiente para encarar essa história.

Nossa nota é:

Assista ao trailer: