RESENHA: Atlântida, o enigma perdido de Flystwick
30 jan

RESENHA: Atlântida, o enigma perdido de Flystwick

Resenhas

Victor Tadeu

Título: Atlântida, o enigma perdido de Flystwick
Autor: Ronnyel Sanpe
Editora: Giostri
Gênero: Romance/Fantasia
Número de páginas: 266
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Sinopse: Após longos anos separados, 4 amigos reúnem-se para encontrar um enigma deixado por um historiador chamado John Flystwick. Desvendar esse enigma pode levá-los ao tesouro do rei de Atlântida, sendo isso uma prova irrefutável de que tal local existiu. Uma grande aventura repleta de acontecimentos surpreendentes e a descoberta dos maiores segredos de uma civilização há muito tempo perdida.

 

O livro conta a história de um quarteto de amigos, formado por Victor, Diogo, Mônica e Caroline. A história começa narrando as férias deles, eles estavam passando na casa de praia de Mônica. Um certo dia todos foram convidados a conhecerem o avô de Mônica, que vivia em uma mansão junto com sua empregada e alguns conhecidos. Tudo estava indo bem, até que ele conta uma história fantástica para as crianças. Diogo de início demonstrou desinteresse dizendo que tudo aquilo era balela, muito pelo contrário, Victor continuou ouvindo. A história narrada pelo avô de Mônica, era sobre o velho Flystwick.

Anos são passados e o quarteto de amigos são unidos devido uma tragédia. O avô de Mônica faleceu e todos vão ao velório que estava sendo realizado na mansão em que ouviram a curiosa história de Flystwich. Tudo começa ficar confuso quando o advogado chega anunciando o testamento. Todos ficam surpreendidos quando Victor é citado e acaba recendo um baú.

A história toma sentindo quando o baú é aberto revelando um dos enigmas do velho Flystiwick. Victor, Diogo, Mônica e Caroline reúnem-se para uma grande aventura, e com muita ação, romance, superação e suspense, você irá conhecer Atlântida, a cidade perdida.

 

Atlântida, o enigma perdido de Flystwick é um dos primeiros livros de fantasia que contém enigma que eu fui capaz de fazer a leitura sem me sentir incomodado em relação ao gênero. Quem me acompanha sabe que eu não tenho muita afinidade com fantasia, mas estou cada vez mais me empenhando para ter uma proximidade maior com os fantásticos mundos criados pelos autores extremamente criativos.

Eu fico muito feliz em saber que de todas as fantasias já lidas, os dos autores nacionais foram as que mais me agradaram. O livro é uma fantasia urbana e não é passado em um mundo totalmente fantástico, quase no final da história quando começa aparecer a reviravoltas que conhecemos a fantasia da história. Então não faça a leitura da obra acreditando que é uma fantasia épica, pois não é, como dito, é uma fantasia urbana.

Apesar de não ter muito contato com livros do gênero, consequentemente eu costumo não entender muito bem a intenção da história, às vezes me percebo muito fácil durante a leitura e essa distração acaba me impedindo de entender a mensagem do livro. Mas em Atlântida eu fui capaz de compreender a linda mensagem que o autor conseguiu nos passar, e se você gosta de lições superativas e amorosas, faça a leitura do livro imediatamente.

Eu fiz a leitura da obra já tem um bom tempo, mas lembro que fiquei bastante incomodado com o desenvolvimento dos personagens. A história começa com eles pequenos e acaba já na vida adulta, e sinceramente, eu não consegui sentir o desenvolvimento de nenhum deles, a narrativa e os pensamentos continuavam de crianças conhecendo a adolescência. Fiquei muito chateado com esse quesito, mas ele não foi capaz de me desanimar em fazer a leitura do livro.

Mesmo ficando chateado com o amadurecimento dos personagens, eu fiquei muito feliz em saber que me apaixonei por quase todos. Acho que o autor deixaria o livro extremamente bom se tivesse narrado os personagens na adolescência para a vida adulta, porque a forma que eles agem me deixou muito cativado e envolvido na história, torci por todos eles, mas como eu já sabia a idade deles fiquei um pouco incomodado. Ou seja, mesmo a idade não batendo com o amadurecimento os personagens cativam o leitor.

A escrita do autor é muito rica em detalhe, ele consegue deixar o leitor dentro da história, fazendo com que ele se sinta um personagem e envolvendo-o ainda mais com o enigma perdido. Parece ser contraditório, mas achei o livro muito original e ao mesmo tempo lembrei muito do filme Os Gonnies enquanto fazia a leitura, o clima e algumas “enrascadas” são muito semelhantes. Muitos que estão a procura de novas histórias podem considerar esse fato como negativo, mas eu achei legal e positivo e creio que muitas outras pessoas também possam achar o mesmo.

Eu fiquei muito apaixonado pela capa do livro, além de simples ela condiz muito com a história, sem falar que a diagramação da obra também têm os trilhos indicando ser o mapa para encontrar o enigma, todos eles ficam próximo da numeração da página. Não só as ilustrações, mas também a fonte e o tamanho da mesma são muito confortáveis colaborando para uma leitura muito prazerosa e engrenada.

Mesmo que a obra tenha alguns pontos que me incomodaram eu gosto muito da história criado pelo Ronnyel Sanpe e indico para vocês. O gênero dela é fantasia e romance, mas sinceramente a considero uma aventura de infantojuvenil, então para expandir mais ainda a obra, você que é criança também pode fazer a leitura da mesma.

 

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