CRÍTICA – Me Chame Pelo Seu Nome
06 jan

CRÍTICA – Me Chame Pelo Seu Nome

Filmes

Julia Giarola

Filme: Me Chame Pelo Seu Nome
Título original: Call Me By Your Name
Data de lançamento: 18 de janeiro de 2018 
Duração: 2h 11min
Direção: Luca Guadagnino
Gênero: Drama, Romance
Nacionalidade: EUA

Sinopse: O sensível e único filho da família americana com ascendência italiana e francesa Perlman, Elio (Timothée Chalamet), está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda quando Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai, chega.

Com as grandes premiações se aproximando, muitos filmes começam a atrair atenção do público, algo que possivelmente não iria ocorrer se não fosse pelo Globo de Ouro, SAG Awards e Oscar. Entre muitos cinéfilos, porém, Me Chame Pelo Seu Nome vêm atraindo olhares atentos desde seu lançamento no começo do ano no Festival Sundance. Sendo considerado um dos melhores filmes com temática LGBT, o longa vai mais além sendo um dos melhores romances de todos os tempos.

Ao se discutir Me Chame Pelo Seu Nome, tudo se resume aos personagens e as respectivas atuações. Apesar de apresentar também um incrível elenco coadjuvante que ajuda criar o ambiente honesto explorado pelo filme, são os atores principais que roubam o filme. Apoiando-se totalmente na dinâmica e química entre Timothée ChalametArmie Hammer, o diretor Luca Guadagnino com certeza retirou o melhor dos dois atores. A complexidade dos personagens sobreposta à simplicidade da situação e familiaridade do romance de verão é maravilhosa de se ver, assim como tudo sobre este filme.

A direção e o roteiro entram em perfeita harmonia quando decidem levar o filme à uma direção nova, sem extrapolar o melodramático, mas ainda enchendo cada cena, cada enquadramento de emoção. Me Chame Pelo Seu Nome é honesto, elegante e delicado mostrando que filmes pequenos geralmente são os mais corajosos ao explorar intimidade e personalidade. A visão específica para personagens, uma direção onde diretor e atores trabalham juntos para criar relacionamentos sinceros é o que faze do filme uma verdadeira obra de arte, evocando emoções familiares e ao mesmo tempo únicas ao estado de cada personagem.

Timothée ChalametArmie Hammer com certeza estão nos olhos de Hollywood agora, mesmo tendo feito ótimos trabalhos anteriormente. Porém é a liberdade de suas atuações na tela que chamam atenção, podendo lhes render até mesmo um Oscar. O jovem Chalamet está ainda mais próximo da conquista já que carrega o aspecto emocional do filme nos ombros tendo que servir como ponto de vista da audiência. O fato do ator atuar até mesmo durante os créditos ao som de Visions of Gideon de Sufjan Stevens (que também de destaca com as outras músicas no filme) também não atrapalha suas chances.

Graças ao conjunto perfeito da direção delicada, atuações honestas, história elegante e músicas emocionantes, Me Chame Pelo Seu Nome é um dos melhores filme de 2017 e com certeza deixará sua marca nas grandes premiações deste ano. Contando um história sobre conexão e juventude, este filme ultrapassa suas temáticas LGBTs e se torna um dos melhores romances já vistos no cinema. Não deixe de assistir!

Nossa nota é:

Assista ao trailer:

Leia também

Comentários