CRÍTICA – Com Amor, Simon
12 abr

CRÍTICA – Com Amor, Simon

Filmes

Julia Giarola

Filme: Com Amor, Simon
Título original: Love, Simon
Data de lançamento: 5 de abril de 2018
Duração: 1h 49min
Direção: Greg Berlanti
Gênero: Drama, Comédia
Nacionalidade: EUA

Sinopse: Aos 17 anos, Simon Spier (Nick Robinson) aparentemente leva uma vida comum, mas sofre por esconder um grande segredo: nunca revelou ser gay para sua família e amigos. E tudo fica mais complicado quando ele se apaixona por um dos colegas de escola, anônimo, com quem troca confidências diariamente via internet.

A representação positiva dos diversos grupos LGBTs tem sido um assunto bastante discutido nos últimos anos. Anteriormente uma responsabilidade dos filmes virados quase exclusivamente para premiações, ultimamente podemos ver essa abrangência se expandindo para o público geral tanto no cinema quanto na TV. O maior problema, porém, é que ainda existe uma barreira que precisa ser quebrada mostrando nossa conexão como seres humanos, onde todos merecemos, por exemplo, uma história de amor. Com Amor, Simon parece sair diretamente do universos utópico de John Hughes, explorando os principais temas assim como os clássicos tais como adolescência, família, amor e acima de tudo descoberta. Tudo isso envolto por um apelo geral.

Baseado no livro de Becky Albertalli, Simon vs. A Agenda Homo Sapiens (confira nossa resenha aqui), esta nova comédia romântica existe em um mundo separado da realidade, os filmes de John Hughes sempre se destacaram por representar personagens além dos esterótipos, desenvolvendo suas dinâmicas e relacionamentos ao máximos para que se tornassem únicos. Com Amor, Simon é o exemplo perfeito onde tudo isso é explorado muito bem, criando um ambiente fantasioso repleto de personagens complexos e cativantes. Aproximando a vida do protagonista Simon à vida de milhares de jovens, o filme consegue dar o primeiro passo para quebrar a barreira que nos divide. Seja sexualidade, raça ou gênero, todos nós temos algo em comum, e o longa procura mostrar isso.

Agora já fazendo a audiência se apaixonar por Simon e sua batalha interna, o filme faz mais que muitos estão conscientes, dando credibilidade não apenas ao conflito de um personagem LGBT, mas também sua complexidade além da sexualidade que é estabelecida pelas pessoas que o cercam. A química entre o elenco é incrível, emergindo todo o público em um divertido grupo de amigos que carregam a emoção e o humor do longa. A dinâmica presente na família de Simon também é muito importante para o desenvolvimento emocional da trama que funciona de muitas maneiras.

A importância deste filme é suavizada pelo humor leve que este carrega durante toda a história. Sabendo dividir bem seus momentos, Com Amor, Simon é antes de tudo um filme divertido que não separa sua audiência com os tópicos mais sombrios do assunto – não que isso seja uma coisa ruim. Não, ao em vez disso, esta gostosa comédia mostra que o público LGBT também merece uma representação em um história romântica e sutil que serve para relaxar e dar um passo a frente em direção à igualdade e respeito diante todas as minorias. Um filme imperdível!

Nossa nota é:

Assista ao trailer:

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