CRÍTICA – Cargo
18 maio

CRÍTICA – Cargo

Filmes

Victor Tadeu

Filme: Cargo
Título Original: Cargo
Data de lançamento: 18 de maio de 2018 (Netflix)
Duração: 1h 45min
Direção: Ben Howling, Yolanda Ramke
Gêneros: Suspense, Terror
Nacionalidade: Austrália

Sinopse: Andy (Martin Freeman) corre contra o tempo para salvar sua filha. Infectado por um vírus de uma pandemia zumbi, ele tem apenas 48 horas para encontrar um lugar seguro a fim de proteger a criança. A salvação que o pai procura pode estar em um tribo aborígene isolada, mas para ter acesso ao grupo, ele terá que ajudar uma jovem indígena em uma missão perigosa.

O interior da Austrália está infestada de mortos-vivos farejando sangue para se alimentar de carne, O local está devastado e totalmente pacato, por isso, as famílias que ainda não foram infectadas lutam para sobreviver. Andy, sua esposa e filha vivem dentro de um veículo aquático para se afastar de qualquer pessoa capaz de estar infectada, e, apesar de ser uma ideia excepcional, a reserva de alimentos está acabando e a alimentação acaba sendo uma das maiores preocupação da família.

Perambulando água acima, Andy encontra outro veículo aquático aparentemente abandonado e decide explorar o local. No primeiro momento ele jurava ter encontrado uma mina de ouro, pois vários alimentos enlatados foram encontrados ali, mas, em questão de minutos um infectado começa se movimentar dentro do veículo fazendo com que o homem vá embora antes de ser atacado.

Aparentemente grata pelos alimentos, a esposa de Andy manda o homem ir descansar junto com a filha muito pequena, e durante o curto momento ela decide também explorar o local atrás de um barbeador. Infelizmente o resultado foi o menos desejado, a mulher é mordida na perna pelo morto-vivo que antes quase atacou o esposo. Despertando do sono e inconformado com a situação, Andy decide leva a esposa junto com a filha para um hospital mais próximo.

Foi no caminho da emergência que o caso acaba se agravando mais ainda, pois, a mulher não aguenta a infecção e acaba mordendo Andy. Diante de um cenário totalmente apocalíptico o homem tenta aproveitar as duas 48 horas de consciência para colocar a sua filha em um local seguro, possivelmente imune de qualquer infectado. Mas, diante de tanta ganância e mortos-vivos ele não sabe se será capaz de salvar a vida da bebê.

Cargo é um longa-metragem que contém influências de um curta finalista do Tropfest Austrália 2018 e foi publicado dia 18 de Maio de 2018 na Netflix. Carregando aspectos distópicos e apostando em zumbis, o filme trata de uma história totalmente sensível e impactante, para saber um pouco mais sobre ele, continue fazendo a leitura da crítica.

Zumbis é uma criatura inventada nos livros e muito bem abordada pela cultura pop, devido algumas séries e filmes, essas criaturas começaram a receber um grande destaque pelos produtores e escritores. Descritos como uma pessoa morta, que, por meios desconhecidos foi reanimado e, além disso, tem a capacidade de infectar outras pessoas através de uma mordida eles vem dominando as telonas. The Walking Dead, Invasão Zumbi, Zumbilândia e outros títulos acabam dotando um esteriótipo muito semelhante desses mortos-vivos, mas Cargo provavelmente vai te conquistar por algumas diferenças.

No longa-metragem nós não sabemos como começou a pandemia de zumbi, por isso, acaba sendo ilimitado a nossa imaginação diante do início dessa infecção. A história é passada no interior da Austrália e em nenhum momento as pessoas referem os mortos-vivos como zumbi, muito pelo contrário, eles sempre são chamados de infectados e isso lembra bastante a ideia de The Walking Dead. Além disso, durante a história vamos acompanhando a transformação de uma pessoa para zumbi, ou melhor, infectado, e tudo é demonstrado de forma detalhada o que acaba enriquecendo a produção.

O cenário do filme faz jus à cultura australiana, nela conhecemos Thoomi, uma garotinha aborígenes que apresenta um pouco da sua cultura para o homem branco australiano Andy. Esse contato entre pessoas que vivem socialmente de forma diferentes acaba sendo mais um ponto relevante de Cargo, o amor e a necessidade de vida acaba sendo muito bem visando nesses dois protagonistas, além disso, ambos colaboram para a sensibilidade do enredo.

O elenco é um dos fatores mais responsáveis por influenciar uma história, eles que devem transparecer as cenas e passar a mensagem devida para os telespectadores. Alguns filmes com ideias incríveis acabando falhando no momento de definir os atores e atrizes, mas, nesse longa-metragem a direção passou longe desse erro. Martin Freeman desempenho um papel maravilhoso como Andy e a estreia de Simone Landers como Thoomi demonstra que a atriz trabalha de forma excepcional.

Somos recepcionados com uma fotografia razoável diante do cenário que somos apresentados, mas, por um lado, ela é muito fluente no clima da história, que diferente de outros títulos com a ideia semelhantes é um pouco lenta e reflexiva. A trilha sonora contribui muito para o clima do filme, só que, os sons escolhidos são um pouco batidos em filmes que seguem a mesma tese. Apesar se optar pelo clichê, Cargo não deixa de ter uma história boa.

Cargo é um longa-metragem muito bom para assistir no final de semana junto com a família, ele aborda muito sobre o amor familiar e resistência pela vida do próximo. Apesar de a classificação ser censurada para menores de 16 anos, as cenas do filme não são carregadas de violência, mas pode ser um pouco sensível para algumas pessoas. Além de incrível, a história tem uma lição muito de vida muito boa, por isso, fica recomendado para vocês.

Nossa nota é:

Assista ao trailer:

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